Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que mais de 32 mil pessoas apresentem tumores pulmonares a cada ano até 2025. O câncer de pulmão é uma das doenças oncológicas mais mortais no mundo, responsável por cerca de 1,8 milhão de óbitos anuais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data visa sensibilizar a população sobre os prejuízos que o hábito provoca à saúde como a dependência da nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé.
O médico e coordenador do curso de medicina da Faculdade de Medicina Uniderp de Ponta Porã, José Ricardo Scalise, alerta que os malefícios do vício não atingem apenas a saúde. “A dependência ao tabaco vai além de um problema individual. No aspecto financeiro, o custo contínuo dos cigarros pode ser significativo e, socialmente, pode causar estigmatização e dificuldades nas relações interpessoais. A qualidade de vida também é comprometida, com diminuição da energia e bem-estar geral. Além disso, o tabagismo pode impactar negativamente o desempenho no trabalho e na vida cotidiana devido a problemas de concentração e produtividade”, ressalta.
Dentre os males causados pelo tabaco, o especialista destaca que o cigarro possui mais de 7000 substâncias que são liberadas pela combustão e está relacionado a 20 tipos ou subtipos de câncer, considerado um fator significante de risco pra doenças cardiovasculares e respiratórias.
Scalise salienta que os chamados “fumantes passivos” também podem desenvolver câncer e outras doenças respiratórias por conta do contato constante da fumaça proveniente do tabaco, já que inalar é tão prejudicial quanto tragar.
Como orientação para se livrar do vício, o especialista aponta que o primeiro passo é ter consciência de que o tabagismo é uma doença e tem tratamento. Os passos seguintes envolvem compromisso para cumprir a meta de parar e caminhar rumo a uma vida com mais qualidade e longa.
A mudança radical deve ter uma motivação, como aumento da saúde física ou a chance de viver mais tempo e com saúde ao lado dos filhos por exemplo, para que as recaídas não aconteçam e causem frustração acentuando, por vezes, a dependência ao tabaco. Assim como o tratamento de qualquer patologia, nesse caso também é essencial o acompanhamento médico para que seja diagnosticado o grau de dependência e possíveis enfermidades provocadas pelo cigarro, bem como para a indicação do tratamento adequado e uso de medicamentos para o abandono do vício.
Camila Crepaldi
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CAMILA SOUZA DE AZEVEDO
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