Quatro adolescentes da Fundação CASA Guarujá participaram, na última terça-feira (24/09), de uma experiência enriquecedora ao visitarem o Paço das Artes, na capital paulista. Durante a visita, eles tiveram contato com três exposições que abordam temas como transformação social, territorialidade e a relação entre o ser humano e a natureza.
A mostra Fervor traz obras de Alice Lara e Paola Ribeiro, com foco na interação entre voz, corpo e paisagem. Por meio de pinturas, performances e vídeos, as artistas discutem o esgotamento da terra causado pela ação humana. Em “Aguardente”, Julia Gallo apresenta figuras fantasmagóricas feitas de recortes e rabiscos, refletindo sobre a metamorfose psicológica humana. Já a exposição “Terra Terreno Terreiro”, de Dalber de Brito, utiliza cupinzeiros mineiros como metáfora para discutir disputas territoriais e o impacto do colonialismo.
Para o diretor do CASA Guarujá, Alexander Pestana Vicente, a visita ao Paço das Artes foi uma oportunidade única de aprendizado. “Ao entrar em contato com essas obras, os jovens não apenas refletem sobre a sociedade em que vivem, mas também começam a se ver como agentes capazes de provocar mudanças, tanto em suas próprias vidas quanto no mundo ao redor”.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, ressaltou a importância de atividades culturais como essa no processo de ressocialização dos adolescentes. “A arte tem o poder de despertar novas perspectivas, ampliando horizontes e oferecendo novas possibilidades para que esses jovens possam transformar suas realidades”.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.
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LAUREEN MELLO NOTTOLINI RUIZ
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