O mês de agosto ganhou a cor laranja em prol da conscientização sobre a doença autoimune que mais acomete jovens adultos em todo o mundo: a esclerose múltipla. De acordo com o Ministério da Saúde, é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central, afetando atualmente 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que no Brasil, cerca de 40 mil pessoas vivem com essa patologia.
A esclerose múltipla faz com que as defesas do próprio corpo ataquem a bainha de mielina, substância responsável pela proteção dos impulsos nervosos dos neurônios. A degradação desse revestimento afeta o cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal, gerando incapacitações neurológicas gradativas.
Quanto aos sintomas, de acordo com o Dr. Marco Paulo Janino, neurocirurgião e professor no curso de Medicina do Centro Universitário UNICEPLAC, a doença tem uma apresentação própria em cada caso, a depender do local do primeiro acometimento. “São frequentes, porém, casos em que a doença se inicia com alteração visual, dormência ou perda de força em uma determinada região, dificuldade de equilíbrio ou fadiga intensa”, explica o neurocirurgião.
Entre os fatores de risco mais conhecidos estão o componente genético, aqueles com histórico familiar de esclerose múltipla; sexo, sendo mais comum em mulheres; idade entre 20 e 40 anos; fatores ambientais, como exposição a infecções virais como o vírus Epstein-Barr; a pobre exposição solar e o tabagismo.
A esclerose múltipla não tem cura, mas pacientes fazem uso de medicamentos para diminuir as inflamações e os surtos ao longo dos anos, combatendo o acúmulo de incapacidades físicas e cognitivas e proporcionando melhora na qualidade de vida. “Temos um arsenal terapêutico para o tratamento da doença. Entre os mais empregados estão as drogas modificadoras de doença (Interferon, Fingolimode, Natalizumabe) e os corticosteroides, especialmente durante os surtos e a reabilitação”, orienta o médico.
“Espera-se, entre as perspectivas futuras para a esclerose múltipla, terapias farmacológicas mais eficazes e personalizadas, a depender do perfil genético de cada paciente, assim como terapias com células-tronco visando regenerar a mielina danificada e até mesmo vacinas com o intuito de promover imunização a pacientes com maior predisposição à doença”, completa o professor Marco Paulo.
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PAULO HENRIQUE SOARES DE ALMEIDA
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