Na esfera corporativa atual, a discussão sobre bem-estar e saúde mental transcende os limites da responsabilidade social, convertendo-se em uma questão estratégica de gestão de recursos humanos. Dados revelam que programas de assistência ao funcionário, conhecidos como EAP (Employee Assistance Program), são cruciais para manter a saúde mental e o bem-estar no trabalho.
Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), em 2021, aproximadamente 40% das empresas brasileiras já possuíam algum tipo de EAP. Além disso, um estudo recente indicou que companhias com programas de suporte a funcionários registraram uma redução de até 25% nas taxas de absenteísmo e uma melhora de 23% no desempenho geral do colaborador. Esse dado salienta a relevância de tais programas no cenário corporativo, tanto para o bem-estar dos colaboradores quanto para a saúde financeira das empresas.
Entretanto, não basta apenas implementar programas; é preciso assegurar sua eficácia. Camila D’Andréa, especialista em RH com mais de uma década de experiência, enfatiza: “Para que os EAPs sejam efetivos, precisam estar alinhados com as necessidades reais dos colaboradores e integrados à cultura da empresa. A atenção não deve ser apenas reativa, mas também preventiva.”
As medidas para prevenir o burnout e promover o equilíbrio trabalho-vida pessoal vêm ganhando destaque. Empresas que adotaram jornadas de trabalho flexíveis, por exemplo, observaram uma melhoria de 20% na satisfação dos funcionários, de acordo com o Instituto Brasileiro de Qualidade de Vida. Essas políticas, quando bem aplicadas, contribuem para a redução de casos de estresse crônico, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 30% dos trabalhadores em escala global.
D’Andréa também ressalta a importância de uma liderança consciente e bem preparada para identificar sinais de desgaste em suas equipes. “A gestão precisa ser capacitada não só para reconhecer o burnout, mas também para agir de forma proativa na promoção de um ambiente saudável e seguro psicologicamente,” comenta a especialista. Além de políticas organizacionais, Camila D’Andréa também defende a adoção de práticas individuais de autocuidado, tais como Mindfulness e Escrita Terapêutica, que vêm sendo cada vez mais reconhecidas pelas organizações como ferramentas valiosas. Sua atuação como escritora e facilitadora destes programas reflete uma abordagem holística que visa equipar os indivíduos com métodos para lidar com a pressão cotidiana.
No Brasil, a preocupação com o bem-estar dos colaboradores tem crescido consistentemente. De acordo com a “Pesquisa Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora”, 2022, o número de empresas que incorporaram alguma iniciativa de bem-estar cresceu 15% em relação ao ano anterior.
“A implementação de programas de assistência ao funcionário, estratégias de prevenção ao burnout e promoção do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal são não apenas um imperativo ético, mas também um investimento com retorno mensurável para as organizações. Atualmente, é imprescindível promover um ambiente de trabalho onde a saúde mental seja vista como uma prioridade inegociável”, finaliza a especialista.
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