Com cerca de 68 mil novos casos diagnosticados anualmente no Brasil, o câncer de próstata continua sendo uma preocupação de saúde pública. Mais alarmante, porém, é o impacto dessa doença na fertilidade masculina, frequentemente subestimado pela população masculina. “Ainda existe um preconceito muito grande sobre os exames e diagnósticos precoces. Isso impede que a doença seja detectada em estágios iniciais, quando as chances de cura são maiores”, alerta o urologista e membro da SBRA, Dr. Sandro Esteves.
De acordo com o especialista, tratamentos como a prostatectomia radical e quimioterapia podem levar à infertilidade severa. “Em muitos casos, é possível realizar o congelamento de sêmen antes do início do tratamento, permitindo que esses homens mantenham a chance de ter filhos futuramente por meio de reprodução assistida”, explica.
O câncer de testículo, outro problema exclusivamente masculino, também levanta preocupações similares. Afetando homens em idade reprodutiva, pode causar azoospermia, condição em que não há espermatozoides no ejaculado. Para o especialista em reprodução humana, Dr. Matheus Roque, “a avaliação inicial deve contemplar exames como o espermograma e a história médica detalhada. Apenas após esses passos é possível determinar o melhor tratamento, seja ele natural ou assistido”.
A SBRA recomenda uma abordagem proativa, integrando consultas anuais ao urologista e mudanças de hábitos de vida, como redução do consumo de álcool, tabaco e cafeína em excesso. “Cuidar da fertilidade é cuidar da saúde como um todo. É hora de os homens assumirem esse compromisso consigo mesmos”, conclui Dr. Esteves.
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JOSE CARLOS LOPES RODRIGUES
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