O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) poderá mudar a política monetária após sua reunião em 1 de novembro. De acordo com uma pesquisa da Reuters, todos os analistas esperam uma redução de 50 pontos-base no custo do crédito, para 12,25%. Se isso se concretizar, será a terceira redução consecutiva de mesmo valor. Já ocorreram duas reduções nas duas últimas reuniões, resultando na queda da taxa de 13,75% para 12,75%.
As chances de desaceleração na redução dos custos de empréstimos preocupam a equipe econômica do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca manter o dinamismo ao longo de seu terceiro mandato. O governo planeja aumentar os gastos no próximo ano para financiar os programas de combate à pobreza assinatura de Lula. Os legisladores estão firmes em seus planos e é esperado que implementem um terceiro corte consecutivo de meio ponto percentual na reunião de decisão da taxa em 1 de novembro.
Até meados de outubro, o índice IPCA-15 atingiu 5,05% em comparação ao ano anterior, o que representa uma queda em relação aos 5,19% registrados no final de setembro e está em linha com a previsão de 5,04%. A queda da inflação permitirá ao banco central manter os cortes nas taxas de juros.
A decisão sobre a taxa de juros também terá que considerar o contexto de acontecimentos externos. O recente conflito no Oriente Médio, seguido pelo aumento nos preços do petróleo, será um fator positivo adicional, uma vez que o Brasil é um fornecedor politicamente neutro de combustíveis fósseis, o que pode acelerar o crescimento da economia brasileira.
“No entanto, o aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA está se tornando um problema sério para a economia brasileira, pois cria saídas de capital devido aos efeitos da venda de títulos soberanos”, disse Kar Yong Ang, analista de mercado financeiro da Octa. “Portanto, a decisão de cortar a taxa acelerará esse processo e colocará pressão adicional sobre o real brasileiro”, acrescentou.
Durante as expectativas de mercado, o corte da taxa básica de juros é o cenário mais provável, o que colocará a moeda nacional sob pressão, possivelmente levando o USDBRL para a faixa de 5.2000 a 5.5000 a curto prazo.
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