Uma pesquisa recente realizada em vários países e divulgada pela empresa LinkedIn no ano de 2024 revela um cenário preocupante para o empreendedorismo feminino. Os dados indicam que a probabilidade de uma mulher construir um networking eficaz é significativamente menor que a de um homem. Essa disparidade varia de 14% entre as indianas até impressionantes 38% entre as mulheres de Singapura. No Brasil, essa probabilidade é 27% menor para as mulheres. Essas estatísticas destacam um dos principais desafios enfrentados pelas empreendedoras: a dificuldade em estabelecer e manter redes de contato poderosas, ressaltando a necessidade de avanços significativos nesse campo.
“Ninguém entende melhor as dores de uma empreendedora do que outra”, avalia Lenissa Rodrigues, fundadora da Ester Hadassa, uma marca mato-grossense que se destaca pelo apoio às empreendedoras do estado. Essa afirmação reflete uma realidade inegável: no mundo dos negócios, relacionamentos são tão importantes quanto as habilidades empresariais. E é exatamente nesse ponto que o networking se torna um diferencial estratégico, ainda mais relevante para as mulheres que buscam prosperar em um universo predominantemente masculino.
Desde os tempos do escambo, fazer negócios com quem se conhece sempre foi uma prática comum. Hoje, esse conceito se transformou em networking, um termo técnico para redes de relacionamento profissional. No entanto, apesar da evolução, o acesso a redes poderosas de networking ainda apresenta desafios significativos para as mulheres. Segundo um levantamento do LinkedIn realizado em diversos países, a probabilidade de uma mulher construir um network eficaz é menor que a de um homem. A diferença oscila dos 14% entre as indianas até os 38% entre as mulheres de Singapura. No Brasil, essa probabilidade é 27% menor para as mulheres, uma estatística preocupante que revela um cenário que ainda precisa de muito progresso.
Lenissa Rodrigues é um exemplo vivo de como o networking pode transformar trajetórias. Fundadora da marca Ester Hadassa e do Filipo Fast Food, ela compartilha sua jornada de superação e sucesso, equilibrando vida pessoal e profissional enquanto inspira outras mulheres a fazerem o mesmo. Com mais de 18 anos de experiência, Lenissa enfrentou e venceu diversos desafios, desde a abertura de sua primeira franquia de gelatos até a gestão de várias outras marcas no setor de alimentos.
Sua separação, tanto na vida pessoal quanto nos negócios, foi um desses desafios. Com a necessidade de encerrar a sociedade, Lenissa teve que se reinventar. “Não existe sucesso sozinha; é preciso ajudar as pessoas ao nosso redor, compartilhar conhecimento, fazer network. Crescer em rede é mais vantajoso e atrai felicidade”, afirma. Esse espírito colaborativo se materializou na criação de um novo restaurante e na fundação da Ester Hadassa, uma distribuidora de semijoias que opera com um modelo de consignação, permitindo que outras mulheres iniciem seus próprios negócios mesmo sem capital inicial.
A filosofia por trás da Ester Hadassa é clara: promover a liberdade e o protagonismo feminino nos negócios. A marca não só oferece produtos, mas também conhecimento e uma rede de suporte mútuo. “Fazemos reuniões permanentes com palestras sobre temas financeiros, emocionais e espirituais. Trocamos informações e experiências, criando uma rede sólida de apoio”, explica Lenissa. Este modelo não apenas ajuda a superar os obstáculos financeiros e sociais, mas também cria um ambiente de aprendizado contínuo e suporte emocional.
Lenissa não para por aí. Seu objetivo é transformar tanto a Ester Hadassa quanto o Filipo Fast Food em franquias de sucesso, espalhando essas marcas por todo o Mato Grosso e, futuramente, pelo Brasil. “Neste mês de maio conseguimos abrir uma franquia da Ester Hadassa em Sinop e acredito que estes passos não só impulsionarão o crescimento dos negócios, gerando emprego e renda a mais pessoas, mas também abrirá portas para que outras mulheres possam se tornar franqueadas e líderes em suas comunidades”, pontua a empresária.
Essa rede de apoio já fez a diferença na vida de muitas mulheres, como as amigas e cunhadas Thaíssa Stropa e Danitieli Cordeiro. Em meio à pandemia, grávidas e desempregadas, elas decidiram empreender com uma loja de roupas infantis online. “Enfrentamos muitas dificuldades, mas conhecer a Lenissa e fazer parte dessa rede de mulheres incríveis foi fundamental. Pudemos compartilhar nossos medos, inseguranças e soluções, além de aprender e ajudar umas às outras”, relata Dani.
O networking proporciona várias vantagens que ajudam a superar os obstáculos no empreendedorismo feminino. Ele facilita o acesso a novos mercados, fornece insights valiosos de negócios, ajuda na obtenção de financiamento e cria oportunidades de colaboração. Além disso, fortalece a autoconfiança e a resiliência ao proporcionar um espaço seguro para compartilhar desafios e sucessos.
O sucesso de Lenissa Rodrigues e sua marca Ester Hadassa demonstra que, apesar dos obstáculos, o networking é uma ferramenta poderosa para o empreendedorismo feminino. Ao unir forças, compartilhar conhecimentos e apoiar umas às outras, as mulheres não só conseguem superar barreiras, mas também prosperar e inspirar futuras gerações de empreendedoras. Em um mundo onde negócios e relacionamentos andam de mãos dadas, fortalecer redes de apoio feminino pode ser a chave para um futuro mais igualitário e próspero.
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RAFAELA MAXIMIANO ALVES MAGALHAES
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