As celebrações de fim de ano costumam ser marcadas por imagens de famílias sorridentes, mesas fartas e momentos de harmonia, mas essa não é a realidade para todos. Telma Abrahão, especialista em neurociências e desenvolvimento infantil, autora best-seller e criadora da Educação Neuroconsciente, aborda um tema delicado, mas necessário: a convivência com famílias tóxicas.
Para muitas pessoas, as relações familiares podem ser fonte de estresse e sofrimento, principalmente nessa época do ano, quando a idealização da “família perfeita” é amplamente compartilhada nas redes sociais. “Nem todas as famílias são saudáveis. Algumas relações podem ser extremamente nocivas e causar danos emocionais profundos, levando as pessoas a se sentirem culpadas ou frustradas”, explica Telma.
Segundo a especialista, é fundamental reconhecer essas dinâmicas e priorizar a própria saúde mental. Ela destaca que afastar-se de familiares tóxicos não exige permissão ou justificativas. Estabelecer limites claros é um ato de autocuidado, e a busca por validação externa não deve ser uma condição para alcançar a felicidade.
“Cada pessoa é responsável por suas próprias decisões, e você não precisa carregar esse peso. É possível amar seus familiares e, ainda assim, evitar a convivência que prejudique o seu bem-estar. Lembre-se, limites são saudáveis e necessários para preservar sua sanidade mental”, enfatiza Telma.
A especialista reforça que momentos de celebração não devem ser sinônimo de sofrimento. Priorizar o autocuidado e aprender a lidar com as pressões emocionais pode transformar as festas em um período de paz e reflexão pessoal. “Colocar limites e dizer não é um ato de amor por si e muitas vezes é a única forma de se proteger de ser ferido. É cuidar daquilo que só você pode fazer por si mesmo”, conclui.
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MARCIA ROSANE STIVAL
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