À medida que a ciência e a tecnologia avançam, novas abordagens e tecnologias inovadoras estão surgindo na neurocirurgia que visam fornecer resultados promissores. Em particular, o objetivo da medicina da dor é reduzir e controlar a dor e, ao mesmo tempo, resolver a causa raiz do problema, identificando as causas e propondo o melhor tratamento.
Nesse contexto, tal especialidade seria a luz do fim do túnel para aqueles que sofrem com dores crônicas, e que já tentaram (quase) tudo. Quando os pacientes chegam em um estágio de uso diário de medicações invasivas – como a morfina – estão predispostos a aceitar a primeira indicação clínica que promete eliminar a dor, vislumbrando a esperança de viver a vida de antes – em outras palavras, sem dor.
A dor crônica pode ser entendida como uma dor persistente e com duração superior a três meses, de acordo com a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Esse universo é representado por seis milhões de brasileiros – ou 37 em cada 100 brasileiros. Ou seja, mais de um terço da população convive, além do problema em si, com as consequências advindas desse tipo de dor.
Do ponto de vista clínico, a neurocirurgia contribui com diagnósticos precisos e personalizados. Avanços em neuroimagem, como ressonância magnética funcional e mapeamento cerebral, possibilitam uma compreensão mais profunda das condições neurológicas, permitindo aos cirurgiões desenvolver planos de tratamento personalizados e minimamente invasivos.
Contudo, porque muitos pacientes que já se submeteram a diversos tratamentos e cirurgias ainda convivem com fortes dores? A explicação é simples, porém a análise é complexa. Via de regra, o paciente passa por uma consulta, recebe um diagnóstico, uma receita, um encaminhamento… e voilà. Esse é o caminho mais comum, mas não quer dizer que seja mais eficaz.
Quem já levou o filho para o pronto-socorro e recebeu o diagnóstico de virose, que atire a primeira pedra. A medicina-padrão segue o protocolo, indicando o remédio e o tratamento que visa resolver o problema. No entanto, existe um viés que começa já na consulta, no primeiro contato entre o médico e o paciente. E cabe aqui uma correção: esse primeiro passo vai além de uma consulta, é uma entrevista, onde o especialista vai apurar todas as informações, detectando detalhes que vão além da dor física.
Partindo desse princípio é possível, com exclusividade, oferecer a melhor alternativa que, por muitas vezes, foge do centro cirúrgico. Para tanto, uma análise detalhada sobre o histórico do paciente é o que definirá os próximos passos – ou primeiros passos eficazes – em busca de uma melhora da condição da qualidade de vida.
Diego Daibert Salomão de Campos é neurocirurgião (membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia) com área de atuação em dor (Sociedade Brasileira de Neurocirurgia/ Associação Médica Brasileira). Formado em Fonoaudiologia pela Universidade Católica de Petrópolis e em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora, o médico tem o propósito de transformar vidas.
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