Ao longo das décadas, foram muitos os povos que ajudaram a construir a história de Santa Catarina, transformando-o no estado mais multicultural do país. Em cada região há uma influência. A cada cidade, costumes e evidências que, muitas vezes, vieram de longe, mas tornaram ainda mais diverso e único o jeito de ser catarinense.
Além de receber variados povos, como açorianos e alemães, Santa Catarina foi o berço da colonização italiana no Brasil. Os primeiros imigrantes vindos da Itália chegaram em 1836 em área hoje pertencente ao município de São João Batista, na Grande Florianópolis, onde fundaram a colônia Nova Itália.
No entanto, o pioneirismo da colonização italiana em Santa Catarina foi lamentavelmente desconsiderado pela Lei Federal nº 13.617, assinada em 2018 pelo presidente Michel Temer, que concedeu ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o status de “berço” da colonização e da cultura italianas no território nacional. Para o historiador Paulo Kons, trata-se de um grande erro histórico, já que a Colônia Nova Itália nasceu 37 anos e 11 meses antes de Santa Teresa, iniciada em 1874.
Para narrar os detalhes da chegada dos primeiros italianos e para corrigir este equívoco que virou lei, a Editora Expressão lança a obra “Santa Catarina, berço da colonização italiana no Brasil”. O livro bilíngue (português e italiano) volta ao tempo para contar os motivos que levaram os europeus a escolherem as terras brasileiras e os interesses do Brasil em receber os imigrantes, passando pela trajetória e desafios dos italianos em solo catarinense, destacando a religiosidade e a cultura até chegar a Nova Veneza, que se transformou em um verdadeiro pedaço da Itália.
A obra lembra também que Santa Catarina teve nos italianos a sua maior corrente imigratória, com presença significativa em mais de 200 municípios do estado, número bem superior em comparação com qualquer outro grupo de imigrantes. Estima-se que algo entre 30% e 40% dos catarinenses sejam descendentes de italianos. Isso significa um contingente que pode variar entre 2,3 milhões e 3 milhões de pessoas, num universo de 7,6 milhões de habitantes.
“Se Santa Catarina desfruta hoje de um nível de desenvolvimento e de qualidade de vida acima da média, não podemos deixar de lembrar e de exaltar a coragem dos pioneiros para enfrentar e superar desafios. Esses são os objetivos centrais desta obra que celebra o pioneirismo catarinense da colonização italiana no Brasil”, destaca Rodrigo Coutinho, presidente da Editora Expressão.
O lançamento do livro ocorre no dia 15 de março, no Teatro Municipal de Nova Veneza, a cidade mais italiana do país, que recebe grande destaque na obra, com um capítulo inteiro dedicado a narrar a trajetória histórica do município. O evento é organizado pela Secretaria de Cultura de Nova Veneza em parceria com a Editora de Expressão. O projeto tem patrocínio do Bistek Supermercados, por meio do Programa de Incentivo à Cultura (PIC/FCC).
A Editora
Especializada na produção de livros históricos e comemorativos, a Editora Expressão possui o maior portfólio do país de obras culturais que transformam em legado a trajetória de empresas, entidades, organizações e cidades.
A editora nasceu, em 1990, para publicar a Revista Expressão, que marcou época como veículo de economia voltado à região sul do país, e que será retomada a partir de março deste ano, com novo nome, Revista Líderes de Expressão, para reconhecer as grandes lideranças empresariais catarinenses.
A Expressão foi pioneira também na área de sustentabilidade ao criar o respeitado Prêmio Expressão de Ecologia, certificado pelo Ministério do Meio Ambiente como o mais importante do país no segmento empresarial.
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