A leishmaniose visceral é uma doença negligenciada que, se não tratada, pode levar à morte 90% dos casos. Apesar de sua gravidade, ainda não há uma vacina, apenas o tratamento por meio de medicamentos para eliminar os parasitas (antiparasitário). Pesquisadores do Mestrado em Ciências da Saúde da Universidade Santo Amaro (Unisa), tem acompanhado testes com o uso de anidrido de hematina como vacina contra o parasita; e buscaram entender melhor seu efeito imunológico.
O estudo liderado pela farmacêutica, professora do Mestrado em Ciências da Saúde e coordenadora dos laboratórios de pesquisa da Unisa, Marina Tiemi Shio, avaliou a aplicação do anidrido de hematina para ativar a resposta das células imunológicas de defesa do corpo humano. As análises realizadas por pesquisadores do Mestrado em Ciências da Saúde nos laboratórios de pesquisa da Unisa mostraram, que uso de anidrido de hematina pode ativar as células de defesa do organismo.
De acordo com a professora Marina Tiemi Shio, os dados apontam que o uso do anidrido de hematina apresenta respostas imunológicas no combate do parasita. “A leishmaniose visceral é transmitida pela picada de insetos, também conhecidos como mosquito-palha, pequenos mosquitos com coloração amarelada. A doença acomete órgãos como o baço, a medula óssea e o fígado, quando não tratada pode levar à morte em 90% casos” alerta a professora.
Ainda segundo a professora Marina, o estudo traz informações importantes a respeito dos mecanismos de defesa do organismo. O anidrido de hematina atua no sistema imune celular, que ajuda no combate ao parasita. As propriedades identificadas nos testes indicam potencial de aplicação do uso do anidrido de hematina no desenvolvimento de imunizantes.
A pesquisa contou com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e a participação da aluna de mestrado Letícia Torres, bolsista do programa de mestrado da FAPESP e do programa de Estágio de Pesquisa no Exterior, neste último, atuou sob orientação do professor Leonardo Augusto, da University of Nebraska Medical Center. O estudo teve ainda a colaboração de professores e alunos do Mestrado em Ciências da Saúde, bem como de alunos do curso de Graduação em Biomedicina e pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
quinta-feira, novembro 21
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