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    Home»Uncategorized»Poeta Marília Valengo lança Toda Família Tem Uma, livro que investiga poeticamente a maternidade e/ou a ausência dela, na Janela Livraria (Jardim Botânico/RJ)
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    Poeta Marília Valengo lança Toda Família Tem Uma, livro que investiga poeticamente a maternidade e/ou a ausência dela, na Janela Livraria (Jardim Botânico/RJ)

    12/03/202400
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    A poeta paraibana Marília Valengo (1981), que atualmente reside em Nova Iorque, vem ao Brasil para lançar o livro Toda Família Tem Uma dia 19 de março, terça-feira, a partir das 19h, na Janela Livraria, localizada no Jardim Botânico (Rio de Janeiro). A obra, publicada pela editora 7Letras, tem orelha assinada por Paloma Vidal.

    O livro é composto por 20 poemas criados em um momento fundamental de reflexão vivido pela autora, que durante meses experimentou processos de um tratamento para gravidez, tendo que lidar com as questões práticas relacionadas aos exames médicos, a lida de outras mulheres em relação ao tratamento, restrições de várias naturezas – desde alimentares até à libido -, e também a um grande exercício de esperança e entrega que, como explica Marília, parecia afunilar seu mundo, fazendo com que seus pensamentos e os assuntos que a cercavam se restringissem a esse período da vida. 

    Segundo Marília, o processo lhe fez entender que não queria ser mãe daquela forma, o que fez com que compreendesse a maternidade do ponto de vista político e econômico. “Por que eu quero tanto produzir vida? Será que estou associando que eu, enquanto sujeito mulher, só teria valor se fosse mãe?”, reflete a autora. 

    Toda Família Tem Uma ajudou Marília a desenhar a possibilidade de uma outra vida, da mulher que é agora. Segundo ela, o que mais a moveu na escrita dos poemas foi um certo espanto diante do desejo. “Digo espanto porque eu me sentia um alien dentro de uma travessia em que todas as outras mulheres, e homens, pareciam estar cegas de vontade, de entrega, sem racionalizar nada. Sem considerar o investimento financeiro, por exemplo”, conta, reforçando que, durante o processo, conheceu  pessoas que haviam vendido suas casas para lidar com os custos do tratamento. A obra foi concluída quando Marília percebeu que parte dos textos que compunha, naquele momento, apresentavam uma temática comum. 

    Era como se os corpos naquele tipo de tratamento fossem corpos pela metade, incapazes de fazer o que foram criados para fazer. Tinha muito choro, muita culpa e inveja das outras mulheres ao meu redor que conseguiam, as amigas que engravidavam, os sobrinhos que apareciam. A vida foi virando uma coisa cinza, ilógica, e eu entendi que não dava mais. Fui parando com tudo devagar até que decidi que não ia mais fazer tratamento. 

    Segundo a autora, algo que também a inundou foi a solidão e o enorme tabu em volta do tratamento. Os julgamentos também vieram – internamente e externamente -, para questionar se ela não havia demorado para iniciar o processo. “Eu sempre pensava que era engraçado que um movimento geralmente feito em família, para o ideal de uma família, fosse tão violento justo para o casal”, complementa.

     

    Orelha do livro, por Paloma Vidal

    O poema nasce para perguntar, neste livro de Marília Valengo. E essa poesia da pergunta vai aonde é tão difícil, às vezes impossível, chegar – a um desassossego, uma falta, um desconforto intensos. Persistente e irônica, à beira da melancolia, fazendo que vai desistir, mas não, quem escreve estes poemas elude respostas já gastas para como devemos ser, como nos devemos portar, como deve uma vida ser vivida, sendo ela tão aberta a tantos devires, tão sinuosa e imprevisível… O poema que pergunta resiste a dizer o que é pouco, o que é muito, o que se deve ter ou não, o que é o amor, o que é criar, o que é cuidar. Se uma mulher ainda pode ser vista (ou até se ver) como um monstro por não ser mãe, a poesia é o que descola desse olhar – uma janela que se abre para uma outra perspectiva, afastada do que parece tão óbvio e familiar, como uma criança olhando, da janela de um carro em movimento, o mundo a se tornar fascinante e estranho: “o que a paisagem poderá dizer?” Em Toda família tem uma, plantas, bichos, pessoas, objetos vão costurando, a muitas mãos, uma poesia para tempos de incerteza e medo – o binóculo que, quando menos se espera, faz ver além.

     

    Sobre a autora

    Marília Valengo (João Pessoa – PB, 1981) é Bacharel em Publicidade e Propaganda e Especialista em Escrita Criativa. Costuma dizer que tem um pé no Cariri e outro no mar e anda com os dois pelas ruas de NY, onde vive. É autora de Grito em praça vazia (poesia), publicado pela 7Letras em 2020. Toda família tem uma é seu segundo livro.

     

    Três poemas do livro:

    Toda família tem uma 

    Eu, pequena
    ouvia minha mãe falar da prima
    que não teve filhos 

    curiosa e despeitada
    como se minha existência estivesse ameaçada
    olhava para ela nas festas de família
    e pensava
    coitada da prima sem filhos 

    eu, adolescente
    admirava demais a prima
    que não tinha filhos
    que viajava pela Índia e raspava a cabeça 

    a despeito do que todos tinham a dizer sobre ela
    a prima sem filhos
    nada acrescentava
    pois era, sobretudo
    livre 

    eu, adulta
    por um segundo tive medo
    de ser a prima sem filhos 

    um segundo que durou o tempo de alguns poemas. 

     

    O que ela é 

    Se meu coração e meus olhos
    se meus sentidos pudessem
    me guiar 

    o facão cortaria o mato
    alto 

    minhas botas pesadas
    amaciariam a cama
    de espinho 

    abririam caminho 

    eu veria
    a folha engrandecida
    rumo ao sol 

    eu ouviria
    os bichos
    avisando da minha chegada 

    eu me lambuzaria
    de pólen e frutas selvagens 

    eu, selvageria entre elas 

    minhas mãos abertas
    para cima 

    tocaria o ar e outras mãos
    outras mãos apareceriam. 

     

    Praça de alimentação

    Se Stevie Wonder
    não estivesse tocando

    talvez eu conseguisse

    pensar
    nas palavras que preciso
    para o poema
    mas no momento
    do meu corpo
    a única parte ativa
    são meus ombros
    e ombros
    diferente dos quadris
    não escrevem poesia.

     

    Serviço

    Lançamento de Toda família tem uma

    Data: Dia 19 de março, terça-feira, 19h

    Local: Janela Livraria (R. Maria Angélica, 171 – loja B – Jardim Botânico, Rio de Janeiro – RJ, 22470-202)

     

    Ficha técnica

    Editora: 7Letras

    Preço: R$54

    Número de páginas: 96

    Ano: 2023

    Formato: 14x21cm

    Edição: 1ª edição

     

    Assessoria de Imprensa – Pevi 56

    Diogo Locci – [email protected] | 11 99906-0642

    Angelina Colicchio – [email protected] | 11 99299-2877

     

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