As queimadas que devastam diversas regiões do Brasil não geram apenas uma crise ambiental, mas também trazem à tona preocupações sobre a saúde pública, especialmente a saúde vocal. A fumaça resultante dessas queimadas está associada a um aumento nos casos de disfonia, uma condição que altera a qualidade da voz, tornando-a rouca, dificultando a fala e causando desconforto.
A Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga e especialista em comunicação, alerta que a inalação de fumaça pode irritar as pregas vocais, causando inflamações que prejudicam a capacidade de falar. “Estamos vendo um aumento significativo nos casos de rouquidão e dor ao falar em pessoas expostas à fumaça, não apenas em áreas afetadas diretamente pelas queimadas, mas também em regiões urbanas”, explica a Dra. Cristiane.
Nos últimos anos, as queimadas no Brasil aumentaram significativamente. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2024, houve um aumento de 100% nas queimadas em comparação ao ano anterior, com destaque para áreas já vulneráveis como a Amazônia e o Cerrado. No entanto, as regiões do Sudeste, especialmente em áreas urbanas como São Paulo, apresentaram os maiores índices de queimadas já registrados, gerando sérias preocupações sobre a qualidade do ar. Isto não afeta apenas os trabalhadores e moradores dessas áreas, mas também atinge a população nos centros urbanos, onde a fumaça pode ser transportada por longas distâncias, impactando a saúde de milhares de pessoas.
Com o aumento da poluição do ar durante a temporada de queimadas, é essencial que a população esteja atenta aos riscos e às medidas de proteção que podem ser adotadas. A Dra. Cristiane traz algumas dicas para cuidar da voz durante esse período crítico:
Limitar a exposição : Sempre que possível, evite sair de casa em dias com altos níveis de fumaça e umidade. Ficar em ambientes fechados e arejados pode ajudar a proteger as cordas vocais;
Hidratação : Beber bastante água ajuda a manter as cordas vocais hidratadas, o que é fundamental para a saúde vocal;
Descanso vocal : Reduzir o uso e dar pausas à voz, especialmente em situações onde se sente que a qualidade vocal está comprometida;
Evitar irritantes : Fumar ou expor-se a outras fontes de fumaça ou emissões pode agravar ainda mais o estado das cordas vocais.
Busque atendimento médico : Ao apresentar sinais de disfonia, como rouquidão persistente ou dor ao falar, é fundamental procurar um especialista.
A Dra. Romano destaca que a conscientização sobre a saúde vocal é essencial, especialmente em períodos de queimadas. “Cuidar da voz é um aspecto importante da saúde geral, e pequenas mudanças na rotina podem fazer uma grande diferença à medida que as queimadas continuam a afetar o país, a proteção da voz e da saúde deve estar no centro das discussões, não apenas entre os profissionais de comunicação, mas em todas as áreas que dependem da voz”, conclui.
Sobre a Dra. Cristiane Romano:
Especialista em comunicação, com mestrado e doutorado em Expressividade pela USP.
Pós-graduada em Voz pelo CEFAC – BH e em Gestão Estratégica de Marketing pela PUC Minas.
Formada em Business and Executive Coaching pela University of Ohio – EUA.
Autor de diversos artigos científicos nacionais e internacionais.
Ao longo de sua carreira, a Dra. Cristiane têm capacitado profissionais, ajudando-os a aprimorar suas habilidades comunicativas e, assim, aumentar sua influência e persuasão em diversos contextos.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
PAULO NOVAIS PACHECO
novais.jornalismo@gmail.com