No mundo de hoje, a inclusão e acessibilidade estão cada vez mais em pauta, mas ainda há muito a ser feito para garantir que pessoas com deficiência visual tenham uma vida plena e independente. Saber como ajudar de forma adequada é essencial, e o projeto Enxergando o Futuro está na linha de frente dessa missão, ensinando braile gratuitamente e a distância, além de estimular a interação correta entre videntes e pessoas com deficiência visual. Vamos explorar como os videntes podem fazer a diferença em várias situações cotidianas:
Na rua
A rua costuma ser um desafio enorme para pessoas com deficiência visual. Oferecer ajuda para atravessar a via pública, subir ou descer escadas é essencial. Ao ver uma pessoa cega ou com baixa visão tentando atravessar a rua, ofereça seu braço em vez de puxá-la pelo braço, sempre perguntando antes se a ajuda é bem-vinda. Lembre-se sempre de avisar sobre obstáculos no caminho, como buracos ou calçadas irregulares.
Em ambientes públicos
Ao entrar em um ambiente novo, como um restaurante ou loja, faça uma descrição do espaço à pessoa com deficiência visual: onde estão as mesas, o balcão, os banheiros. Um detalhe simples como dizer “à sua esquerda” ou “à direita” já facilita muito a orientação. No transporte público, ceda o lugar e ajude na localização das portas e dos assentos.
Dentro de casa
Dentro de casa, pequenas ações podem ter um grande impacto na vida de uma pessoa com deficiência visual. Manter objetos nos mesmos lugares e evitar deixar coisas espalhadas pelo caminho são cuidados simples que ajudam na mobilidade e segurança. Quando for cozinhar, por exemplo, descreva o que está fazendo, a posição dos utensílios e ingredientes. Oferecer ajuda na organização de itens pessoais ou na identificação de alimentos e medicamentos também é uma boa prática. Outra dica é etiquetar objetos com braile ou etiquetas táteis, o que facilita a independência.
No trabalho
No ambiente de trabalho, é fundamental garantir que a inclusão vá além das adaptações físicas. Equipamentos de tecnologia assistiva, como leitores de tela e teclados em braile, são indispensáveis. Promover uma cultura de respeito e paciência, além de oferecer treinamento para colegas sobre como interagir e colaborar, cria um ambiente mais inclusivo e produtivo. Incentivar a participação em reuniões e atividades sociais também é crucial para a integração completa.
“No fim das contas, a chave para ajudar cegos e pessoas com baixa visão é a empatia. Cada pessoa é única e tem suas preferências e necessidades. Perguntar, ouvir e aprender são passos fundamentais para criar uma convivência harmoniosa e inclusiva. Vamos enxergar juntos um futuro mais acessível para todos”, afirma Daniela Reis Frontera, fundadora do projeto Enxergando o Futuro.
Esportes
O vidente pode ajudar o cego no esporte de várias maneiras, desde incentivado a criação de modalidades adaptadas, como guia e facilitador. Ele pode descrever o ambiente, orientar sobre obstáculos e fornecer informações sobre a dinâmica do jogo. Em esportes como corrida, o vidente corre ao lado do atleta cego, conectado por uma corda ou segurando a mão, garantindo que ambos mantenham o ritmo e a direção corretos. “Eu, como paratleta, sou testemunha da dificuldade que é encontrar guia para corrida e paratambor”, atesta Daniela.
Autonomia
Além de ensinar braile gratuitamente a distância, o tem como missão contribuir para a autonomia das pessoas com deficiência visual. “Ajudar pessoas com deficiência visual vai além de um gesto nobre. Trata-se de promover a autonomia e o respeito. Com informações e atitudes corretas, podemos construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos, independentemente de suas capacidades visuais, possam viver com dignidade e igualdade”, acrescenta Daniela.
Aos 23 anos, Daniela foi diagnosticada com retinose pigmentar. Com dificuldade em encontrar um profissional ou uma instituição para aprender braile, ela criou o projeto para o braile estar ao alcance de todas as pessoas com deficiência visual ou baixa visão, gratuitamente. Atualmente, Daniela tem 10% da visão e 51 anos e é, também, para-atleta, empresária e palestrante.
As aulas do projeto começaram em novembro de 2019, na cidade de Duartina, interior de São Paulo, com 10 alunos. Durante a pandemia, o ensino migrou para uma plataforma on-line, o que gerou muita procura. Atualmente, mais de 240 alunos do Brasil e brasileiros que moram em Portugal, África e Inglaterra fazendo o curso de braile do Enxergando o Futuro.
Serviço
Inscrição para o curso de braile do Enxergando o Futuro pode ser feitas pelo WhatsApp (14) 99740-8217.
Para saber mais sobre o projeto, visite https://enxergandoofuturo.com.br/
https://www.youtube.com/enxergandoofuturo
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IEDA APARECIDA RODRIGUES
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