O Serviço Geológico do Brasil (SGB) disponibiliza o Informe de Recursos Minerais – Extensão Gipsita Rio Cupari, situada no município de Aveiro (PA), com a emprego de novas abordagens, uma vez que a modelagem geológica 3D dos depósitos minerais, realizada com dados geológicos, geoquímicos e geofísicos, e de sondagens e escavações geradas entre as décadas de 1970 e 1990.
O Informe é segmento do projeto Reavaliação do Patrimônio Mineral, que tem uma vez que objetivo oferecer ainda um banco de dados com todas as informações existentes, para concordar a valoração das áreas e indicar blocos para licitação através do Programa de Parceria de Investimentos (PPI). As atividades realizadas na dimensão do Rio Cupari incluíram o levantamento e consistência de todo o ror disponível, relativo a mapas geológicos, boletins de sondagem, perfis geológicos e dados analíticos diversos, e sua conversão em arquivos digitais, que foram utilizados para a reavaliação e quantificação dos recursos de gipsita.
O documento apresenta que os recursos estão associados a dois blocos de áreas (Conjunto Leste e Conjunto Oeste), nos quais são caracterizados dois tipos de minério: a gipsita compacta e a fraturada. A gipsita compacta possui praticamente 100% de pureza e representa quase 80% dos recursos dimensionados, enquanto a gipsita fraturada tem material argiloso, em universal calcífero, presente em fissuras ou fraturas, assim uma vez que em níveis subordinados e intercalados, mas que também é considerada segmento integrante do minério aproveitável. Os recursos totais de minério, quantificados pela modelagem geológica para o Conjunto Oeste, são da ordem de 287 milhões de toneladas, enquanto para o Conjunto Leste, de mais de 316 milhões de toneladas de gipsita, o que representa um repositório de grande porte, capaz de suprir a demanda pátrio por décadas, conforme pode ser conferido no relatório disponível no link https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/22729.
Conhecida também uma vez que “pedra de gesso”, a gipsita é a forma hidratada do sulfato de cálcio e é muito utilizada na produção de cimento e gesso, para emprego na construção social ou em materiais ortopédicos, na produção de ácido sulfúrico, vidro, cerveja, esmalte, corretivos de solo, e uma vez que aglutinante na produção do tofu, entre outros. No cenário econômico, a expectativa é que ocorra a retomada do setor produtivo de gesso no Brasil, em médio e longo prazos, junto ao aquecimento do setor de construção social, indústria e de serviços, principalmente com a retomada da indústria, depois recuperação dos efeitos econômicos causados pela pandemia Covid-19.
O projeto de Reavaliação do Patrimônio Mineral está desempenado a quatro dos 17 ODS: vigor limpa e atingível; trabalho decente e prolongamento econômico; indústria, inovação e infraestrutura; e consumo e produção responsáveis. O projeto é segmento do Programa Geologia, Mineração e Transformação Mineral, vinculado ao Projecto Plurianual 2020-2023, e terá ininterrupção no quadriênio 2024-2027, no contexto do Programa Mineração Segura e Sustentável.