As inscrições do concurso público para Polícia Militar de São Paulo estão abertas até o dia 20 de dezembro. As inscrições devem ser realizadas no site da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), organizadora do concurso. O valor de inscrição é de R$ 85 e pode ser pago em dinheiro ou cheque, em qualquer agência bancária.
Serão contratados 2.700 soldados de 2ª Classe da Polícia Militar. A remuneração básica inicial para o cargo de soldado 2ª classe PM é de R$ 4.852,21 — incluindo salário-base e Regime Especial de Trabalho Policial (RETP).
Berlinque Cantelmo, advogado criminalista e sócio do Cantelmo Advogados Associados, explica que esse tipo de contratação acontece para seguir uma estimativa de alcance da Lei do efetivo das polícias militares. De acordo com ele, quando as contratações não são cumpridas, podem atingir a promoção efetiva da Segurança Pública através do policiamento ostensivo e preventivo.
“Para o caso de São Paulo, os índices de criminalidade, ainda que controlados nos últimos tempos, estão longe da realidade ideal para um estado que precisaria de um efetivo cinco vezes maior do que o atual. Fica nítido que essas contratações não suprem a carência que a multifaceta do crime impõe, sobretudo, o crime organizado através de modais criminosos violentos”, informa o advogado.
Quem pode participar do concurso?
Para participar da inscrição, os candidatos devem ser brasileiros e ter entre 17 e 30 anos. As mulheres precisam ter altura mínima de 1,55 metro e os homens, de 1,60 m.
Algumas das condições para posse do cargo são: ter concluído o ensino médio ou equivalente, possuir aptidão física e perfil psicológico compatíveis com o exercício do cargo, estar quite obrigações eleitorais; além de ser habilitado para condução de veículo motorizado entre as categorias “B” e “E”. A lista completa está disponível no portal da Fundação Vunesp.
Durante a realização da inscrição, o candidato deve optar por realizar os Exames de Conhecimentos (Partes I e II) em um dos 51 municípios disponíveis. São eles:
No estado de São Paulo:
- Andradina;
- Araçatuba;
- Araraquara;
- Avaré;
- Bauru;
- Bragança Paulista;
- Campinas
- Caraguatatuba;
- Catanduva;
- Cotia;
- Dracena;
- Franca;
- Franco da Rocha;
- Guarulhos;
- Itapetininga;
- Jundiaí;
- Marília
- Mogi das Cruzes;
- Mongaguá;
- Osasco;
- Ourinhos;
- Piracicaba;
- Pirassununga;
- Praia Grande;
- Presidente Prudente;
- Presidente Venceslau;
- Registro;
- Ribeirão Preto;
- Rio Claro;
- São Paulo;
- Santos;
- São Bernardo do Campo;
- São José do Rio Preto;
- São José dos Campos;
- Sorocaba;
- Taubaté;
- Votuporanga;
Em outros estados:
- Belo Horizonte – MG;
- Brasília – DF;
- Campo Grande – MS;
- Cuiabá – MT;
- Curitiba – PR;
- Florianópolis – SC;
- Fortaleza – CE;
- Goiânia –GO;
- Manaus – AM;
- Porto Alegre – RS;
- Recife – PE;
- Rio de Janeiro – RJ;
- Salvador – BA;
- Vitória – ES.
Queda no número de crimes
Em São Paulo, o número de homicídios dolosos caiu 9,6% entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. Esse é o menor número já registrado desde 2001, marcando o segundo ano em que as ocorrências ficam abaixo de 2 mil durante esses 23 anos.
O número de latrocínios também caiu, com 119 ocorrências registradas, 4% a menos na comparação com os nove primeiros meses de 2022. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Leonardo Sant’Anna, especialista em segurança pública, destaca que a união das instituições do estado, como a Polícia Militar e a Civil, são um dos fatores que ajudaram na queda dos crimes.
“Isso dá lugar a um resultado efetivo e o resultado de longo prazo que é o que todos desejam. Hoje, o cidadão comum deseja menos crimes, menos violência, menos mortes no seu dia a dia”, aponta o especialista.
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