No próximo dia 8 de novembro, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) celebra 65 anos de uma trajetória marcada por conquistas significativas para o setor de saúde paulista. Ao longo de seis décadas e meia de atuação, a entidade vem trabalhando intensamente para promover a melhoria, profissionalização e modernização do segmento filantrópico, pilar na estrutura de saúde pública do Brasil, especialmente em São Paulo, o estado mais populoso e com uma das maiores redes hospitalares do país. O território paulista é, inclusive, o segundo estado do país com mais municípios dependentes do SUS (Sistema Único de Saúde).
São Paulo conta com 405 hospitais filantrópicos, número maior do que as unidades públicas (330) e privadas (358). Essas instituições oferecem um atendimento vital à população, muitas vezes em regiões onde a presença do SUS é mais desafiadora. Em 181 cidades paulistas, essas unidades são o único equipamento de saúde para atender toda a população.
A estrutura do setor filantrópico do estado de São Paulo evidencia sua contribuição. Além de atender a mais da metade da média e alta complexidade do SUS, somando os leitos clínicos, de UTI e de UTI Neonatal, os hospitais filantrópicos totalizam 51.454 leitos, frente aos 31.322 da rede pública e aos 26.249 da rede particular. Ao considerar somente as unidades de UTI, as Santas Casas e hospitais filantrópicos dispõem de 6.229 leitos, contra 4.317 públicos e 4.978 privados.
Nesses 65 anos, muitas foram as lutas travadas pela Fehosp em busca, principalmente, de um novo modelo de financiamento aos serviços prestados pelas entidades para o SUS. A defasagem de quase duas décadas da tabela de procedimentos implicou em problemas financeiros históricos para as instituições, não só paulistas, mas de todo Brasil. E, dentro desse contexto, uma das conquistas mais emblemáticas dessa jornada foi a criação em 2023, pelo governo do Estado, da Tabela SUS Paulista, após um forte trabalho de intermediação da Fehosp junto à esfera estadual. A iniciativa oferece um complemento de até quatro vezes o valor repassado pelo Ministério da Saúde, adaptando-se à realidade financeira de cada hospital com base em sua subvenção e no mix de procedimentos realizados.
“Ao longo dessa trajetória, a Fehosp se tornou uma força vital para as instituições filantrópicas, sempre buscando fortalecer a rede de atendimento à população. Nossa missão, desde a fundação, é garantir que cada cidadão tenha acesso a serviços de saúde de qualidade, especialmente nas áreas mais vulneráveis. Em cada desafio enfrentado, encontramos a oportunidade de inovar e melhorar, sempre buscando soluções que atendam às necessidades das nossas comunidades”, ressalta o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti.
Para o futuro, a Fehosp planeja continuar expandindo suas ações de advocacy, buscando novas parcerias e fontes de financiamento para garantir que as Santas Casas e hospitais filantrópicos continuem a oferecer serviços de qualidade à população. “A missão de representar, prestar assistência e defender os interesses das instituições associadas será sempre o norte de nossas ações. Com um foco constante na integração e na melhoria de desempenho, a Fehosp segue se posicionando como uma voz forte e ativa no cenário da saúde pública, comprometendo-se a enfrentar os desafios futuros e a garantir que o legado de excelência na assistência à saúde se perpetue por muitos anos”, conclui.
Crédito da foto: Divulgação
Legenda: Edson Rogatti é diretor-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo
Sobre a Fehosp
Há 65 anos, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) trabalha intensamente pela melhoria, profissionalização e modernização da rede hospitalar paulista. Além disso, atua com valores de integração e responsabilidade, prestando serviços essenciais para 279 entidades associadas, buscando a profissionalização, excelência e sustentabilidade das instituições filantrópicas e do setor de saúde.
A Federação promove para as entidades beneficentes uma constante busca por recursos, atualização junto aos temas mais pertinentes relacionados à saúde e atuação intensa junto aos governos estadual e federal, agindo sempre em defesa dos interesses da classe hospitalar.
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VIVIANE SOARES BUCCI
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