O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) decidiu instaurar inquérito para apurar as causas que levaram à interdição das atividades de deposição de estéril na mina Fábrica Nova, da Vale, localizada no município de Mariana (MG). A interdição foi determinada pela ANM (Agência Nacional de Mineração), após vistoria indicar riscos na estabilidade física das pilhas e problemas de drenagem nas três estruturas, que poderiam afetar a comunidade de Santa Rita Durão, onde vivem com 295 pessoas, que fica na Zona de Auto Salvamento.
Nesta segunda-feira, uma equipe da ANM, em parceria com a Defesa Civil, realizou vistoria no local para definir se manterá a interdição e a linha de ação que deverá ser adotada pela empresa para mitigar os riscos.
A ANM também aguarda laudo da empresa atestando a estabilidade das estruturas, a fim de decidir sobre a manutenção ou suspensão da interdição.
A Vale S.A. esclarece que não há risco iminente atrelado às pilhas de estéril da mina de Fábrica Nova e que não há a necessidade da remoção de famílias. “Diferentemente do que foi veiculado por alguns veículos de imprensa, a pilha de estéril é uma estrutura de aterro constituída de material compactado, diferente de uma barragem e não sujeita à liquefação”, diz a companhia. A empresa também informa que o dique de pequeno porte localizado à jusante de uma das pilhas tem declaração de condição de estabilidade positiva.